5 Centimeters Per Second (Byôsoku 5 senchimêtoru) Makoto Shinkai (2007) Japão


Quem conhece o trabalho de Makoto Shinkai compreenderá quando digo que todos os seus filmes se passam em universos verdadeiramente únicos pela sua simplicidade e poesia visual com que as suas histórias são contadas.
[“5cm per second”] é não só um exemplo perfeito, como para mim é o seu melhor filme e uma das melhores histórias de amor que já vi no cinema.
E só tem 57 minutos !

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[“5cm per second”] desta vez não tem a ver com FC mas demonstra plenamente como sem precisar de ser passado em ambientes alienígenas um filme consegue transportar-nos para um universo muito particular.
Não era para voltar a escrever sobre este título, até porque já falei dele no meu blog sobre cinema oriental mas hoje a minha esposa ofereceu-me um edição espanhola em BLURAY (audio Japonês/legendas Castelhano) e não podia deixar de divulgar [“5cm per second”] aqui também, especialmente continua a ser um daqueles filmes extraordinários que continua a passar despercebidos em Portugal.
Sendo assim…

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Para mim, Makoto Shinkai é actualmente o melhor realizador de cinema do mundo , sendo considerado também por muita gente como um dos maiores cineastas de animação de todos os tempos, já apelidado de – novo Myiazaki – com todo o mérito.
Para mim actualmente supera até Myiazaki.
Para muitos o facto de Makoto Shinkai não trabalhar “com imagem real”, mas sim com animação poderá parecer algo menor. Ainda por cima não é americano e portanto tudo indica que apesar da popularidade dos seus trabalhos no oriente, Makoto Shinkai no ocidente irá continuar a ser (apenas) um realizador de culto que a nível mainstream muito poucos conhecem no ocidente. E claro será também ignorado por outros tantos, especialmente aquele público que ainda acha que a animação é para crianças.
Por tudo isto é também um candidato perfeito para ser divulgado neste blog, até porque alguns dos seus trabalhos assentam em universos de ficção-científica e há que divulgar o trabalho de Makoto Shinkai pois este demonstra por completo que o Anime também pode ser cinema adulto e nem todos os desenhos animados saídos do Japão têm que se parecer com o Dragon Ball ao contrário do que muita gente ainda pensa.

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Quem no entanto gostar de cinema de animação e já tiver empatia com o cinema romântico absolutamente original que se produz no oriente, depois de ver os primeiros 25 minutos de [“5cm per second”] provavelmente irá ficar sem palavras com a simplicidade e beleza da primeira história.
A tal ponto que aposto, até lhe custará ver o segundo conto que vem a seguir nesta grande – pequena metragem – que só dura 57 minutos, mas que vale cada instante da sua duração, pois está carregado de ilustrações lindíssimas que por vezes não têm mais que um décimo de segundo no ecran.

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[“5cm per second”] poderia ter acabado perfeitamente aos 25 minutos e seria genial na mesma. Isto porque a primeira história é absolutamente arrebatadora em todos os sentido e tudo poderia ter ficado por ali.
No entanto porque tem quase uma hora, está dividido em três pequenos segmentos que na verdade contam a história de um relacionamento ao longo do tempo e que garanto-vos, se procuram por cinema romântico com verdadeira alma bem longe dos enlatados americanos em estilo telenovela, têm aqui nesta  história de amor Japonesa algo que não irão esquecer tão cedo. Só o impacto do segundo final, vale todo o filme.

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Sendo uma grande história de amor com uma simplicidade incrível consegue fazer aquilo que todas as histórias de amor deveriam ser obrigadas a fazer. Consegue fazer-nos apaixonar pelos personagens uma e outra vez, não importa que conheçamos o filme de trás para a frente porque mesmo depois de o vermos dezenas de vezes há sempre um pormenor novo a descobrir.
Isto devido á qualidade de detalhes que Makoto Shinkai colocou em cada frame, usando ilustrações incrivelmente pormenorizadas, até quando muitas vezes aparecem apenas uma fracção de segundo no filme.
Eu próprio agora ao procurar imagens para ilustrar este texto deparei-me com dezenas de coisas que nunca tinha sequer notado nas paisagens incríveis que dão alma a esta história de amor.

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Outra coisa absolutamente fascinante em [“5cm per second”]  está em conseguir continuar a ter suspanse mesmo quando já o vimos vezes e vezes sem conta.
Talvez porque consegue criar uma empatia tão grande com o espectador que ficamos a gostar mesmo daquelas pessoas e de cada vez que revemos o filme damos por nós a torcer novamente pelo destino daquele casal sem nos apercebermos disso.

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[“5cm per second”] é de uma aparente simplicidade incrível em termos de história.
A maior parte do pessoal quando ouve a expressão – “história de amor”- torce-se todo pois imagina logo aquelas xaropadas em estilo telenovela que normalmente inundam as nossas televisões e praticamente tudo aquilo que passa por cinema romântico em Hollywood.
Quem pensa que o cinema romântico oriental tem alguma comparação, então [“5cm per second”]  é um bom filme para lhes mostrar o que é uma história de amor bem filmada, com muita alma e onde aqueles bonecos pintados em computador têm mais vida e existência “real” que todos os adolescentes de cartão que vimos ao longo dos anos naqueles supostos dramas românticos cozinhados em piloto automático na américa.

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[“5cm per second”] é mais outra prova saída do cinema oriental de que se podem criar histórias de amor incríveis com personagens adolescentes sem criar qualquer barreira de empatia com o espectador mais velho.
Garanto-vos que se tiverem 80 anos e virem esta história irão emocionar-se tanto como se tivessem 18; precisamente porque não é estereotipada e é uma daquelas raras histórias de amor cinematográficas que acerta em cheio naquilo que há de universal no primeiro amor.
Portanto, não esperem encontrar aqui qualquer drama de pacotilha usual.

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Não há encontros e desencontros da forma que vocês pensam que irá haver, não há traições, não há rivalidades, não há separações e reconciliações e não esperem de todo que aqui o herói tenha aquele amigo cómico que é normalmente o palhaço das histórias ou que a heroína tenha aquela amiga fofoqueira e todas aquelas tretas que já vimos mil vezes. Esqueçam os estereótipos.
[“5cm per second”] é uma história sobre a velocidade a que precisamos de viver as nossas vidas, de que forma essa velocidade faz com que um dia possamos voltar a ter a chance de encontrar algo bom que perdemos e de como o primeiro amor pode conduzir os nossos passos mesmo quando já não está presente.

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O titulo refere-se precisamente á velocidade a que caiem as pétalas desde que são libertadas de uma árvore até que atingem o chão com todas as reviravoltas possíveis que podem ocorrer até chegarem ao seu destino.
Tudo em [“5cm per second”]  tem a ver com velocidade, mas não da forma que imaginam. A “velocidade” a que cruzamos uma porta, a velocidade em que pensamos na outra pessoa, a velocidade em que caminhamos sem destino. Será que duas pessoas afastadas pela distância caminham em sincronia sem o saberem até que os seus passos criam as coincidências da vida que poderão permitir um reencontro ?
Será que se eu me tivesse voltado um segundo mais cedo na fila de um banco teria voltado a encontrar alguém que mudaria a minha vida ? Será que se eu tivesse levado menos um segundo a cruzar uma porta isso teria feito com que tivesse visto alguém que pertenceu ao meu passado ?

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É esta a ideia por detrás da história dos dois personagens. Uma história que está fragmentada em três pequenas partes que duram menos de uma hora mas que vocês não irão esquecer tão cedo. Em particular se procuram por um daqueles títulos românticos indispensáveis.
E desenganem-se aqueles que pensam que isto é um filme para crianças.
Como habitualmente o cinema de Makoto Shinkai está na antítese total do Naruto e do Dragon Ball, por isso se ainda têm esse preconceito para com o cinema de animação japonês [“5cm per second”]  é um bom titulo para os fazer apanhar o queixo do chão em menos de uma hora.

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Não esperem um Anime com sequências de acção a duzentos frame por segundo. Aliás não esperem um Anime de acção.
Isto é essencialmente um drama, apenas está filmado em desenho animado.
Embora não seja um drama comum, pois como já disse não há aqui qualquer cliché a que vocês estejam habituados.
Quem já conhece o cinema de Makoto Shinkai, sabe o que esperar. Tudo tem a ver com ambiente, luz, sombra, atmosfera e poesia visual tendo por base trabalhos de ilustração incríveis.

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Também aqui, podemos contar com uma narrativa que é feita essencialmente de paisagens e fundos absolutamente notáveis e totalmente poéticos, onde por vezes nem animação existe.
Como habitualmente a narrativa avança essencialmente por pequenos pormenores e toda a montagem do filme está assente em desenhos magníficos que por vezes nem focam a acção própriamente dita mas sim o que se passa ao seu redor.
São os detalhes e não as acções que definem a atmosfera de [“5cm per second”] sendo  isso que torna o filme tão especial e o cinema de Makoto Shinkai tão único.

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Por essa razão podemos imediatamente empatizar com o que o personagem sente sem sequer precisar de olhar para ele.
Muitas vezes em vez de nos mostrar um boneco a chorar, Makoto Shinkai anima chuva a cair, o vento simboliza a solidão e a saudade, etc.
Mas fiquem descansados que o cinema de Shinkai não é nenhuma seca intelectualoide ao estilo daquela desgraça pretensiosa chamada “Visage” que comentei há um par de anos no meu blog sobre cinema oriental.
Makoto Shinkai sem qualquer pretensão, poética e artisticamente limpa o chão em 57 minutos com todas a pretensas obras de arte e ” instalações artísticas” que há por aí disfarçadas de cinema com cinco vezes mais tempo de duração; portanto o melhor conselho que posso dar é que espreitem este filme.

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Habitualmente é dificil encontrar boas imagens de alguns títulos para ilustrar os meus textos, mas no caso de [“5cm per second”] acontece precisamente o contrário. Eu podia estar perfeitamente calado e só encher este post com imagens.
Espreitem algumas delas (praticamente todas não estão mais que um par de segundos no écran). Vão perceber o nível da qualidade de ilustração que há também aqui neste titulo e porque já é uma imagem de marca do realizador.

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O que vocês não sabem é que também este filme foi produzido praticamente de forma caseira, o que para mim é outra das grandes razões porque eu considero Shinkai o melhor realizador do mundo actualmente.
Mais uma vez outro filme dele foi produzido em casa e desta vez com uma equipa de 13 pessoas.
Sim leram bem. 13 pessoas !! Três centralmente a desenhar ( Makoto e uma rapariga nos cenários juntamente com um outro amigo nos bonecos ); e o resto a funcionar como uma linha de montagem criativa num processo de colaboração imediata o mais caseiro possível.
Olhem para a qualidade visual de [“5cm per second”]  e depois pensem em 13 pessoas fechadas no apartamento do realizador durante um ano e meio a trabalhar nisto da forma mais amadora que se calhar vocês nunca julgaram ser possível naquilo que será animação profissional altamente conceituada.

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O trabalho mais repetitivo de colorir os trames de animação foi distribuído pelos restantes 1o amigos e colaboradores que Shinkai voltou a contratar como habitualmente e que se separam de novo a cada projecto terminado indo cada um á sua vidinha.
Actualmente de cada vez que vejo aquelas promoções sobre os filmes de animação americanos onde se atiram números para impressionar o espectador eu já me farto de rir. Se Makoto Shinkai com 13 amigos consegue um resultado destes, com tanta alma e poesia pela minha parte ouvir dizer que um filme de animação americano em total regime de blockbuster levou três anos para ser feito, precisou de equipas com mais de 600 pessoas como habitualmente acontece em Hollywood e por isso temos todos que o ir adorar, já não fico particularmente impressionado.

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Se gostarem de [“5cm per second”] recomendo vivamente a entrevista com o realizador que vem no dvd de edição UK ou no Bluray de edição Espanhola, pois lá ele explica em detalhe como costuma produzir o seu cinema e vão poder ver inúmeras fotografias da equipa de amigos a trabalhar fechados em casa dele durante mais de um ano.
Muito curioso, fascinante e divertido.
A única parte do filme que foi produzida profissionalmente foi mesmo a gravação das vozes e claro a banda sonora que foram gravados em estúdio.
Quem não conhece o percurso de Makoto Shinkai recomendo vivamente que espreitem as minhas outras reviews sobre trabalhos dele, pois se calhar irão surpreender-se com a sua origem totalmente autodidacta que detalho numa das minhas outras reviews.
Não deixem de ler os meus textos sobre “Voices of a distant star” ; “The place promised in our early days” e “Journey to Agartha”.
Shinkai tem já outro filme mais recente “Garden of words” de que falarei em breve e que é absolutamente fascinante também.

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[“5cm per second”] conta a história de dois adolescentes que se apaixonam quando o ano lectivo está a terminar e um deles vai viver para milhares de Km de distância. É um filme sobre a saudade e de que forma um amor está presente mesmo quando a distância eliminou a comunicação e separou duas vidas para sempre. Isto só para começar, pois essencialmente é um título não só romântico mas até filosófico, o que lhe dá uma identidade ainda mais marcada, mas nunca pretenciosa.

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A primeira história parece ser simples mas garanto-vos que tem um suspanse de cortar á faca. Vocês vão roer até a almofada torcendo para que os dois personagens se reencontrem e toda a viagem de comboio tem sequências de dar cabo dos nervos.
Também aqui Makoto Shinkai é um mestre em criar suspanse sem nunca utilizar sequer uma cena de acção, uma sequência de perigo ou qualquer outro recurso a que estamos habituados a ver ser usado para criar tensão num argumento mais ao estilo americano.
A primeira história mostra como o menino, resolve um dia meter-se num comboio e viajar até á pequena terra para onde a menina foi viver de modo a conseguirem voltar a encontrar-se por uns momentos na estação.
E garanto-vos que nunca viram nada assim.

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Tudo neste segmento é de uma beleza incrível, tanto na forma como os ambientes estão reproduzidos, como essencialmente na maneira como o tempo e principalmente a velocidade é usada para colocar o espectador em total estado de ansiedade.
Quem costuma acompanhar o cinema romântico oriental, já deve ter notado que ninguém melhor que os japoneses e os sul-coreanos usam as estações de comboio (e muita chuva) para contar histórias de amor impossíveis.
E aqui mais uma vez também Makoto Shinkai demonstra como a poesia deve ser algo entranhado no ADN oriental, pois voltamos a contar com ambientes perfeitamente normais e quotidianos mas mostrados da forma mais poética possível. Tudo através de jogos de luz, sombras e cor refletindo o que se passa no coração dos personagens e transportando o espectador constantemente para dentro daquele universo.

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Se vocês espreitarem o IMDB hão de notar que desta vez o consenso é geral. Depois da história de amor que aparece nos primeiros 25 minutos praticamente toda a gente é de opinião que seria impossível Shinkai ter superado o início do filme nos minutos que faltavam para contar o resto da história e realmente se [“5cm per second”] tem alguma “falha” é apenas essa. Se calhar só deveria ter tido um episódio.

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Por outro lado, a gente não se chateia nada em continuar a acompanhar o destino destes personagens. Infelizmente a história do meio, não é particularmente tocante, mas também depois do que se passou na primeira, como poderia ?…
A segunda história é sobre o menino da primeira parte, agora alguns anos mais velho e sobre uma outra rapariga da sua turma que está totalmente apaixonada por ele e tudo gira novamente á volta do tempo e da velocidade.
Neste caso á volta do conceito de – momento certo. Qual a altura, qual o segundo, qual o momento preciso em que uma declaração de amor poderá mudar a vida de uma pessoa ?…
Não quero contar demais para não estragar. Penso que poderão não ficar particularmente emocionados com esta história, embora os personagens continuem excelentes e a nova personagem feminina é fantástica. Não desmoralizem porque o filme continuará a ser bastante bonito.
Apenas a segunda história não é a primeira.
O que não é nenhum crime.

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A terceira parte, tem apenas uns  dez minutos de duração e mostra o que aconteceu ao menino e á menina uns doze anos depois quando ambos já são jovens adultos.
Embora pequenino este segmento fecha em beleza a história pois conta com um videoclip que em jeito de montagem final narra brilhantemente tudo o que se passou e consegue de forma fantástica resumir por completo todas as emoções do filme.
Pode parecer deslocado á primeira vista mas é brilhante na forma como de repente consegue fazer ver ao espectador que se calhar a segunda parte do filme até foi bastante mais emocional do que pensávamos e este nunca seria o mesmo se esta não existisse.

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A cena final é absolutamente arrebatadora e atinge o espectador com um verdadeiro murro no estômago que acabou por ser a sequência mais comentada de todo o filme, pois a sua simplicidade é incrível e demonstra claramente como se usa o poder da montagem para criar emoção.
“5cm per second”] é uma daquelas histórias de amor fantásticas que parece ter-se tornado inesquecível à conta de dois segundos de animação final mas é verdade.
Não procurem saber nada de adicional sobre este filme antes de o verem, mas depois visitem o IMDb e irão reparar na quantidade de pessoas que mencionam os segundos finais como sendo a cena mais inesquecível de toda a história.

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[“5cm per second”] termina com um sabor nostálgico que vai deixar muita gente a pensar, outros a chorar, outros emocionados pela beleza de todo o conjunto, mas nunca indiferentes e isto é o melhor que se pode dizer de uma história de amor sobre adolescentes que á partida nas mãos erradas tinha tudo para ter descambado na piroseira borbulhenta do costume mas nas mãos de Makoto Shinkai na minha opinião transformou-se numa das mais bonitas e filosóficas histórias de amor que já vi no cinema oriental (e não só).

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CLASSIFICAÇÃO

Bem, depois de tudo o que eu escrevi, não há muito mais para dizer. Se gostam de cinema romântico oriental, este é de comprar. Se não gostam, muito provavelmente passarão a gostar. A não ser que estejam a fingir que não se fartaram de chorar com isto.

Cinco Tigelas de noodles e um Gold Award a rebentar a escala por todos os lados.

 

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Acima de tudo porque é outra daquelas histórias de amor orientais absolutamente fascinantes, muito humanas e totalmente poéticas a um nível que nunca pensamos encontrar num filme de animação.
Absolutamente notável em todos os sentidos.

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 A favor: a primeira história é uma obra prima, está cheio de suspanse sem precisar de disparar um tiro sequer, tem três personagens extraórdinariamente humanos, os desenhos são do outro mundo, um dos melhores filmes românticos de sempre, consegue um final que recupera o mesmo nível de emoção da primeira parte, adoro a banda sonora toda composta á volta da melodia da canção final. E depois há o segundo final da história que ficou na memória de toda a gente…
Essencialmente uma obra-prima do Cinema.
Em termos românticos, no cinema ocidental, comparado a isto só mesmo Cinema Paradiso.

Contra: Depois da carga emocional da primeira história o que vem a seguir nem se compara (embora o videoclip final seja fabuloso).

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NOTAS ADICIONAIS

Trailer

COMPRAR DVD

MANG3081 Inlay
https://www.amazon.co.uk/gp/product/B0037B2WP0/ref=as_li_tl?ie=UTF8&camp=1634&creative=6738&creativeASIN=B0037B2WP0&linkCode=as2&tag=cinaosolnas00-21

 

COMPRAR BLURAY edição ESPANHOLA ( audio Japonês / legendas Castelhano)
bluray

https://www.amazon.es/Cent%C3%ADmetros-Por-Segundo-Blu-ray/dp/B00GIMV0TY/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1479487364&sr=8-2&keywords=5cm+por+segundo

Clip
Contém *Spoilers*
Por outro lado, se não viram o filme, também não irão notar. Estão por vossa conta. 😉

Com legendas
https://www.youtube.com/watch?v=egCHrY_gHGg

O filme também está disponível numa copia legendada no youtube mas não vejam o filme num simples ecran de computador.

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E por falar em música.
https://www.youtube.com/watch?v=lilLEaKJfic
https://www.youtube.com/watch?v=O5hiqmjtJbg
https://www.youtube.com/watch?v=MIDj-Gtnelk

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IMDB
http://www.imdb.com/title/tt0983213

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Está aqui uma pequena review em video, que vale a pena espreitarem se ainda não estiverem convencidos por tudo o que eu já escrevi.

BANDA DESENHADA
Quem gostar do filme e quiser reviver a magia de uma forma diferente, esta história foi editada no formato Manga com uma versão bem mais longa e pormenorizada, contendo inclusivamente um final mais extenso onde se percebe em detalhe o que aconteceu a cada personagem depois do fim do filme.
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LEIAM A MINHA REVIEW EM DETALHE AQUI:

RECOMENDO VIVAMENTE pois é uma verdadeira novela gráfica com QUASE 500 PÁGINAS que valem cada momento.

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COMPREM-NA AQUI EM ESPANHOL
https://www.amazon.es/Cm-Por-Segundo-Makoto-Shinkai/dp/8416476454/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1479487364&sr=8-1&keywords=5cm+por+segundo

COMPREM-NA AQUI EM INGLÉS
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Kurenai no buta (Porco Rosso) Hayao Miyazaki (1992) Japão


[“Porco Rosso“] será porventura um dos filmes mais adultos de Miyazaki e também um daqueles de que as pessoas menos se lembram quando se fala da obra deste realizador.
Talvez por ter uma atmosfera tão poética e etérea enquanto dura, depois ao acabar é como um bom sonho do qual não conseguimos recordar os detalhes.

[“Porco Rosso“] é no entanto um filme que consegue agradar tanto aos mais novos como aos mais velhinhos.
Isto porque possivelmente terá algumas das melhores sequências de acção presentes no trabalho de Miyazaki e todas as idades vibram de igual maneira com os divertidos e fascinantes combates nos céus de uma Itália dos anos 20 onde se passa toda esta história cheia de poesia, aventura e muita nostálgia.

O público mais velho, especialmente quem não conhece o trabalho deste realizador, irá certamente surpreender-se com o tom melancólico que percorre uma história tão estranha quanto cativante e onde há inclusivamente espaço para um par de excelentes histórias de amor.  Histórias de amor que nunca acontecem mas que estão sempre presentes na relação do heroi com os personagens femininos de uma forma que torna [“Porco Rosso“] em algo único e fascinante dentro do próprio universo Miyazaki.

[“Porco Rosso“] conta a história das aventuras, ou das vivências de um piloto de aviões nos primórdios da aviação que cruza os céus de uma Itália nos anos 20 do século passado trabalhando como piloto, mercenário e aventureiro de aluguer.
Habita algures numa espécie de base secreta (bem conhecida de toda a gente), localizada numa ilha do mar adriático e onde vive uma existência solitária longe do mundo e de todos desde que uma maldição o transformou num porco.

Não procurem explicações para isto, pois não existem. É apenas a premissa da história, mas não se preocupem porque vocês nem se vão mais lembrar deste pormenor porque vão estar tão cativados com toda a atmosfera de [“Porco Rosso“] que pouco lhes vai importar a razão de estarem a ver um desenho animado com um porco que pilota aviões.

Toda a história gira á volta das proezas e rivalidades entre pilotos nessa época, onde não falta romântismo, uma pitada de sobrenatural e também espiritualidade quanto baste.
Especialmente no que toca á relação entre Porco Rosso e Gina a dona do Cabaret onde se econtram os pilotos que depois de viverem as suas aventuras todos convergem para adorar de longe a dona do local que os mantém a todos na linha.

Eu quase que aposto que quem conhece os livros de Richard Bach e gosta daquela atmosfera etérea e aerea das suas histórias passadas em biplanos, irá gostar muito de [“Porco Rosso“] também. Isto porque além do tom poético e literalmente flutuante ser bastante semelhante também a parte romântica da história tem aquele ambiente que não ficaria deslocado de um livro do autor de Fernão Capelo Gaivota.

Na verdade não há muito mais para dizer sobre este filme. [“Porco Rosso“] faz parte daquele período que para mim foi o melhor, mais variado e mais imaginativo do realizador e quanto a mim é outro dos seus títulos obrigatórios.
Está cheio de momentos humorísticos geniais e personagens memoráveis que os vai colar ao ecran do príncipio ao fim.
Destaque para a grande galeria de piratas do ar que acabam por criar um dos momentos mais nostálgicos nos segundos finais da história quando os revemos já idosos muitos anos depois da sua época aurea ter passado.

[“Porco Rosso“] para mim que trabalho em ilustração continua a ser uma das minhas grandes referências e provávelmente o grande responsável pelo meu estilo de bonequinhos infantís pois a partir do momento em que vi  pela primeira vez muitos anos atrás a hilariante sequência com as miudinhas raptadas no início da história a minha imaginação nunca mais foi a mesma.

Essa cena continua mesmo todos estes anos depois a ser um dos pontos altos do filme e um dos mais divertidos momentos humorísticos de Miyazaki pelo absurdo da situação e contraste entre a pureza das criançinhas e os piratas em total estado grunho com as suas metralhadoras gigantes.

Resumindo, obrigatório para quem não conhece.
Ainda mais para quem já nem se lembra bem dele.

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CLASSIFICAÇÃO:

Cinco tigelas de noodles e um Golden Award claro, acima de tudo pela originalidade, atmosfera e pela criação de um universo único até dentro da própria obra do realizador. Além disso é uma obra prima visual.

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A favor: a qualidade dos desenhos e a realização, excelentes sequências de acção, personagens variados e memoráveis, grande sentido de humor caótico, grande sentido de aventura, fantástica atmosfera romãntica e nostálgica, a banda sonora é demais, boa história de amor impossível, é um filme muito poético visualmente e emocionalmente, a sua história tem coisas para todas as idades, tem um final ambiguo perfeito e muito tocante.
Contra: Quem procura um Anime mais moderno não vai gostar disto pois este é um filme muito contemplativo e apesar das suas inúmeras cenas de acção o enfase da história está nos sentimentos dos personagens o que torna [“Porco Rosso“] num estranho filme que não será própriamente uma aventura de acção no estilo que muita gente esperará.

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NOTAS ADICIONAIS

Trailer
http://www.youtube.com/watch?v=fmyrWYrvF5s

Comprar na Amazon UK ou na Amazon.Com
Em Portugal pelo que vi, temos a mesma edição á venda e pode ser encontrada na FNAC.
O Livro com toda a arte do filme pode ser comprado aqui também.

Download aqui com legendas em PT/Br

IMDB
http://www.imdb.com/title/tt0104652

SEQUEL ?
http://timmaughanbooks.com/2009/06/02/miyazaki-to-draw-porco-rosso-sequel/

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Repost: Baek Ji Young “I Won’t Love (백지영 – 사랑안해)” Videoclip


Este link é um repost neste blog, porque nos últimos meses recebi umas boas duas dezenas de emails de pessoal a perguntar-me sobre este videoclip pois parece que muita gente o procura no Youtube mas mesmo assim não o consegue encontrar.
O link encontra-se actualizado na minha área de videoclips há já algum tempo mas está um bocado perdido entre os outros.
Coloquei-o também já no meu Facebook mas decidi dar-lhe agora um maior destaque aqui para que toda a gente que me escreve a perguntar onde encontrá-lo, possam finalmente ter o link de referência (enquanto este ainda existe).
Cliquem na imagem e poderão espreitar o video directamente no Youtube, pois este (estranhamente) não permite integração exterior em blogs para “I Won´t Love”.

Poderá haver a possibilidade do link deixar de funcionar em breve, pois este video já esteve antes no youtube mas tem sido sucessivamente removido pois li algures que o site americano considera que este videoclip contém conteúdo impróprio para a moral e como tal o video costuma sumir e voltar a aparecer.
Por agora está neste link, mas sugiro que façam o download do FLV quanto antes, pois não me admirava que um destes dias sumisse de vez e é uma pena, pois é um mini-filme fascinante e uma história de amor ao melhor nível oriental que vale a pena ser visto por quem chega a este blog á procura de filmes do género e ainda nunca viu esta verdadeira curta-metragem romântica cheia de atmosfera.
Espreitem enquanto o Youtube não o remove outra vez por conter eventuais alusões badalhocas impróprias á moral e aos bons costumes por ilustrar uma história de amor entre duas adolescentes.

E se o video sumir novamente, digam-me qualquer coisa.

Inu to watashi no 10 no yakusoku (10 Promises to my dog) Katsuhide Motoki (2008) Japão


Na minha incessante busca por filme fofinhos de meter vómito ás vezes deparo-me com coisas absolutamente inesperadas, mas nada fazia prever que iria encontrar algo como [“10 Promises to my dog“] quando resolvi entrar em modo masoquista e procurar pelo filme mais piroso que conseguisse encontrar pela frente só porque me apetecia mesmo falar mal de um filme desses.

Na minha incessante busca por filmes fofinhos de meter vómito, segundo as minhas próprias regras habituais inspiradas, no que costuma sair de Hollywood dentro do estilo “passem-me o saco de vómito fachavor” lembrei-me logo de passear pela net a ver se descobria um filme oriental com cães, gatos ou qualquer outra coisa que abanasse a cauda.
Não podia falhar, seria piroseira e banalidade garantida.
Eis que me deparo com o candidato ideal [“10 Promises to my dog“] e quando eu já esfregava as mãos de contente e me preparava para ver algo realmente do piorio, saiu-me por completo o tiro pela culatra e não estava nada á espera disto. Toma que é para aprenderes !

Ainda não tinha passado vinte minutos de filme e já eu sabia que [“10 Promises to my dog“] seria algo bem mais especial do que eu alguma vez teria previsto. Cinquenta minutos depois, já eu tinha feito pausa na minha cópia pirata e ido comprar o dvd na Play-Asia. E porquê ? – perguntam vocês.
Porque este filme recordou-me imediatamente “Be With You” pelo seu estilo incrivelmente simples, estética visual muito semelhante, uma fotografia em tons sépia muito bonita e personagens centrais dentro do mesmo registo low-key mas completamente cativantes com uma humanização que se entranha no espectador sem este dar por isso.

E mais, contrariamente ao esperado [“10 Promises to my dog“] contorna habilmente todas as armadilhas, manipulações emocionais e clichés de que todos vocês estarão á espera mal espreitem a capa do dvd ou o cartaz do filme.
Se isto tivesse sido um filme Disney, o espectador levaria com sucessivas sequências em que o cãozinho se perdia durante minutos a fio, sofria imenso, encontrava pessoa más, chorava para a câmera,etc, etc, etc e no fim encontraria os donos enquanto correria em câmera lenta em direcção a todos nós. The End.

Pois bem, [“10 Promises to my dog“] passa lateralmente por esses lugares comuns nem sequer se demora muito com esses detalhes e muito menos os torna na parte central do argumento.
Ao contrário do que vocês esperam, o cãozinho fofinho não é o centro da história o que parece uma total contradição pois tudo gira á volta da sua presença na vida dos personagens humanos.
Isto é bastante dificil de explicar, mas irão compreender o que quero dizer quando virem o filme e é este pormenor que o torna num produto único dentro deste género de cinema. Eu pela minha parte não estava nada á espera disto.

[“10 Promises to my dog“] é um filme oriental acima de tudo sobre humanos e sobre as escolhas que temos de fazer na vida. Sobre o facto de ás vezes uma decisão tão aparentemente simples como dar ou não atenção a um animal de estimação durante uns minutos poder mudar o rumo da história pessoal de quem um dia decide trazer um cão para casa.
Este é um pequeno grande filme japonês sobre a responsabilidade do que é ter um animal e de que forma essa “banal” decisão nos pode tornar pessoas diferentes.
Se alguma vez tiveram um cão ou pensaram ter um, [“10 Promises to my dog“] é um filme completamente obrigatório pois garanto-vos que lhes fará pensar em coisas que certamente nunca lhes passaram pela cabeça.

A força deste filme oriental, está no facto de conseguir fazer tudo isso sem nunca dar a entender essa intenção. Ao contrário do que é costume neste género de filmes no ocidente, o argumento não nos atira constantemente á cara lições de moral para nos dizer como nos devemos sentir, mas faz-nos pensar em muita coisa, inclusivamente muitos minutos depois das cenas já terem passado.
Não nos obriga a viver – no momento – em que o realizador decide em que agora quer meter toda a plateia a chorar porque o cãozinho está perdido, mas faz-nos pensar muitos minutos depois na importância do que levou certa coisa acontecer, sem nos tentar explicar nada ou demonstrar por A+B porque isso tinha de acontecer.

Essencialmente [“10 Promises to my dog“] é uma história sobre a vida de um cão, não do ponto de vista daquilo que lhe acontece ao longo dos seus anos de vida, mas sim daquilo que a sua presença significou para os seres humanos que o rodearam.
Se existe um bom filme sobre o impacto invisível que cada um de nós pode ter sobre o mundo de outra pessoa sem sequer termos uma consciência disso, este é esse filme.
O cão aqui não é apenas um catalisador para haver duas horas de pelicula com um bando de personagens humanos estilo cartão que mais não fazem na história do que proporcionar motivos para o cão brilhar e fazer chorar as plateias. Esqueçam.

Em [“10 Promises to my dog“] o cão nunca é filmado dessa maneira,mesmo quando por momentos tudo parece que vai descambar no cliché do costume; felizmente logo muito bem contornado pela ligeireza com que o realizador aborda todos aqueles pequenos segmentos que fora do cinema oriental seriam o ponto central da cena e o fulcro de muita chantagem emocional em modo histérico junto do espectador.
[“10 Promises to my dog“] é um filme sobre um cão mas não esquece os personagens humanos e consegue ser tão bem sucedido nesse aspecto que lá para o fim da história, enquanto espectadores já o olhamos mais como outro personagem humano do que própriamente como sendo o animal de estimação da familia.

Isto torna o pequeno “twist” presente no fim da  história em algo que noutro lado poderia parecer forçado, mas que tendo em conta a caracterização do personagem canino ao longo do filme, enquanto espectadores, nem sequer questionamos a legitimidade da pequena surpresa relativa ao ponto de vista do cão e que se nos depara no final com o pai e a filha á entrada da casa. Mais um ponto positivo neste filme que poderia ter sido absolutamente básico e plástico e no entanto surpreende pela positiva pela forma como os pormenores são abordados.

Estava a ver a cena da morte do bicho (sim, o bicho morre) e fiquei absolutamente fascinado pelo facto de a estar a sentir não pelo ponto de vista de ser mais uma cena com a morte de um bichinho, mas porque a senti como se fosse um personagem humano que morre de velhice rodeado na sua cama por todos os que o amam e quanto a mim é neste ponto que acho que [“10 Promises to my dog“] leva logo uma nota alta que o distingue dos restantes filmes com cães fofinhos que já vi ao longo dos anos.
A grande lição a tirar desta história é que nos faz pensar num animal de estimação como um amigo e faz-nos sentir essa sensação sem precisar de um argumento que nos explique em estilo paternalista como nos devemos estar a sentir ao contrário do que é costume assistirmos.
Na verdade se formos a ver muito pouca coisa é explicada neste filme. Apenas sentimos e não questionamos. O que quanto a mim é um bom exemplo do trabalho do realizador que soube como ninguém como gerir esta história.

Como já disse [“10 Promises to my dog“] só aparentemente é uma história sobre um cão. Na sua simplicidade este argumento consegue ainda abordar temas como a solidão, a responsabilidade, o sucesso e a morte e nesse aspecto podem ter a certeza que os fará pensar sobre muita coisa, muito mais do que esperam.
A forma ligeira como aborda o tema da morte não lhe retira a sua força mas é bastante interessante. Nada neste argumento é desperdiçado e nunca sentimos que existem cenas a mais (com uma excepção).
Um bom exemplo disto é a cena da morte da mãe da protagonista onde a coisa se passa e o espectador só minutos mais tarde se dá conta. E isto tem uma razão dentro da própria estrutura do argumento que joga muito bem todos aqueles pormenores que nem notamos.

Basicamente, adorei este filme e não estava nada á espera disto. Há muito tempo que não via um filme tão bonito e tão bem trabalhado num género assim. Poderia fácilmente não ter sido mais do que um bom produto para crianças e se calhar nem precisava de ser mais do que isso para ser um filme simpático, mas no entanto insinua-se por entre o espectador com pormenores muito mais interessantes que o elevam a um patamar acima do que é comum encontrarmos neste tipo de filmes que normalmente as crianças gostam mas que provocam bocejos nos adultos.
Se tem uma falha está apenas no facto de haver uma total falta de química entre o par protagonista da vertente romântica da história. O que não é nada normal no cinema oriental nem seria de prever neste filme, pois practicamente todo o elenco é simplesmente perfeito, com destaque para o elenco infantil. No entanto as versões adultas das crianças da história sofrem de alguma falta de química entre si e a sua história de amor nunca resulta tão convicente quanto tudo o resto.

Outra falha (quanto a mim grave), está nos cinco minutos finais passados numa igreja. São absolutamente desnecessários, cortam todo o estado emocional da sequência da morte do bicho e entram por uma atmosfera foleira que por momentos ameaça fazer com que [“10 Promises to my dog“] termine em absoluta piroseira. É pena.
Por mim cortava os últimos cinco minutos de filme, mas também não é por isso que deixo de gostar menos dele.

Já o vi há mais de 24 horas, não me sai da cabeça e ando a recomendá-lo a toda a gente feito estúpido sem conseguir explicar ao pessoal que [“10 Promises to my dog“] não é mais um “Benji” ou “Marley & Eu” mas sim algo com uma alma completamente diferente e que transmite uma sensação genuína muito credível. Pelo menos na minha opinião.
Por um lado, se calhar não é um filme que eu possa recomendar ao público em geral.

Poderá ser apenas um daqueles que só poderá ser devidamente valorizado por quem já teve um cão (ou gato) e para todos os restantes parecerá um filme absolutamente banal, até porque não é propriamente uma obra maior do cinema (nem tenta ser), não terá nada de absolutamente extraordinário nem ficará para a história sequer do género (com muita pena minha); um pouco por culpa do próprio realizador, pois ao escolher um estilo tão “invisível” e verdadeiramente low-key para narrar esta história acabou por criar se calhar um produto que parecerá bem mais banal do que na verdade é.

Sendo assim, sinto que para ser justo tal com já fiz antes neste blog, também este filme terá agora dois tipos de classificações. Vamos a isto:

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CLASSIFICAÇÃO PESSOAL:

Se já tiveram um cão não podem perder este filme.
Se estão a pensar ter um cão (e nunca tiveram um), então é de visionamento obrigatório pois funciona quase como uma espécie de exposição a tudo o que poderão ter de enfrentar e principalmente aborda pequenos pormenores que se calhar vocês nem nunca imaginaram que poderiam ser importantes perante a responsabilidade de se ter um bicho.
[“10 Promises to my dog“] é uma verdadeira pérola perdida no meio do género filme-fofinho pois acaba por ser muito mais sério e acima de tudo interessante do que poderá parecer á primeira vista.
Não esperem que este seja apenas mais um filme com cãezinhos ao estilo matinée Disney pois é bem mais do que parece na capa.
Foi uma das melhores surpresas que tive nos últimos tempos e um filme que irei rever muitas vezes certamente.
Pode não ser um grande objecto de cinema, mas também não precisa de ser mais para ser um filme muito bonito, cheio de atmosfera e significado quanto baste.
Quem gostou da atmosfera e do estilo de filme que encontrou em “Be With You” e nunca mais conseguiu ver um filme assim, tem neste [“10 Promises to my dog“] um pequeno produto comercial obrigatório, onde nem falta um pequeno mas discreto e simbólico “twist” quase no final.
Cinco tigelas de noodles e um Golden Award.
Se eu alguma vez eu voltar a ter um cão e calhar ser um Golden Retriever, podem ter a certeza que se irá chamar “Socks“. 🙂

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A favor: comete a proeza de não ser apenas uma colecção de cenas fofinhas com cachorros em vez de ser um filme, a história não está centrada á volta do cão da forma que vocês julgam que vai estar, mais uma vez a humanidade da caracterização dos personagens, toda a naturalidade nunca se perde mesmo quando parece ir enveredar pelo habitual lugar-comum dentro deste género de filme, o ambiente visual conta com algumas imagens lindíssimas que aproveitam bem a fotografia em tons de sépia, a realização nem se nota mas é completamente eficaz a levar-nos pela história até ao seu final inevitável mas muito bem gerido a nível emocional, consegue humanizar o personagem do cão e no final já nem o olhamos como sendo um animal de estimação, o elenco infantil tem uma química fantástica, é outro filme oriental que vai buscar a sua banda sonora novamente á minha música clássica favorita “Canon de Pachelbel” tal como antes “The Classic” e “My Sassy Girl” já o tinham feito também com excelentes resultados, excelente aproveitamento de uma música dos anos 80 que sempre detestei “Time After Time” da Cindy Lauper, tem mais um par de cachorros hilariantes com destaque para o cão com cabelo em estilo de cubo (logo percebem), é um filme que vos irá fazer pensar muito mais em certos assuntos do que alguma vez imaginaram quando começarem a vê-lo, a maneira ligeira  como lida com o tema da morte, solidão e responsabilidade sem nunca perder a poesia, é um filme com alma, contorna habilmente todas as armadilhas que poderiam ter estragado tudo, é o melhor filme com animais e principalmente sobre animais que vi até hoje, não se parece com um produto americano e tem uma identidade perfeitamente oriental, se se identificarem com o coração emocional do filme arriscam-se a gastar pacotes de lenços de papel sucessivamente mas se calhar não pelos motivos que julgam ir encontrar pelo tipo de filme que é…
Se gostaram de “Be With You” não podem perder [“10 Promises to my dog“] pois o tom emocional é semelhante.
Contra: não deslumbra enquanto objecto cinematográfico pois todo o filme apaga-se nos personagens e na história que conta mas se calhar isto é também uma mais-valia, as caudas de CGI que colocaram no cão para lhe tentar dar mais expressividade em alguns momentos (gimmick infantil e desnecessário que quase arruina algumas das melhores partes do filme), a química romântica entre o par protagonista anda próximo do zero e pelo menos a mim nunca me convenceram do potencial dramático que a história de amor deveria ter tido, tem cinco minutos a mais de filme no final pois as cenas na igreja não servem absolutamente para nada além de amenizarem o impacto emocional com que a história conseguiu terminar no que toca á vida do cachorro, apesar de tudo é um filme com elevado grau de cenas fofinhas e isso poderá enervar quem detesta este tipo de cinema oriental.

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Para o público em geral, para os cinéfilos mais sérios ou para quem não gosta particularmente de animais:
CLASSIFICAÇÃO :
Trés tigelas de noodles, porque consegue ser um bom filme que contorna habilmente os clichés do género (mesmo sem os evitar) e que não insulta a inteligencia de quem procura apenas passar um par de horas com um produto simples bem feito e onde não falta um toque de poesia quanto baste. É um excelente filme de familia e mantém uma boa identidade oriental sem se parecer com os habituais produtos semelhantes ao estilo Disney.
Não tem nada particularmente mau, mas deve ser evitado por quem odeia de morte filmes com ambiente cute.
Quem nunca soube o que é ter um cão poderá não se identificar particularmente com nada deste filme, por outro lado não se admirem se depois de verem [“10 Promises to my dog“] lhes apetecer arranjar um.

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NOTAS ADICIONAIS

TRAILER
http://www.youtube.com/watch?v=1t7o31J8nOo

COMPRAR
Podem encontrar adquirir este filme por exemplo aqui nesta loja. Bom serviço e com muitos outros títulos á escolha.

Se o quiserem espreitar antes…podem ir buscá-lo aqui neste blog por exemplo (legendas inglés).

IMDB
http://www.imdb.com/title/tt1179271/

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Filmes semelhantes de que certamente irão gostar:

Be With You

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Taiyô no uta (Midnight Sun) Norihiro Koizumi (2006) Japão


Não era minha intenção recomendar mais um filme oriental romântico neste momento, mas para variar caiu-me em cima outra daquelas obras completamente inesperadas e como tal não posso mesmo deixar de falar de [“Midnight Sun“] porque este é mais um daqueles que não merece mesmo ficar esquecido e eu sei que vocês chegam a este blog á procura de sugestões de filmes românticos asiáticos.

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Desculpem mas não consigo evitar.
Mais uma vez ainda o filme não tinha passado da primeira meia hora inicial e eu só pensava: -“Mas porque raio é que Hollywood não se conseguem fazer filmes assim ??!”
[“Midnight Sun“] é mais um daqueles filmes orientais que eu costumo adorar principalmente por uma razão e que é aquilo que na minha opinião mais valoriza o cinema oriental romântico.
[“Midnight Sun“] “não tem” história nenhuma !!!

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Explicando melhor…se entendermos por – ter uma história – que um filme normalmente siga sempre uma fórmula que envolva determinados elementos “dramáticos” então [“Midnight Sun“] é um vazio absoluto.
Neste filme oriental não encontrarão:  triangulos amorosos, amores não correspondidos, relações proíbidas, ódio entre familias rivais, amores escondidos, amores proíbidos, inveja, intrigas amorosas, gajas más que estragam os namoros das amigas, gajos maus que são grunhos, traições, hormonas aos saltos, reconciliações ou sequer zangas de namorados.
Neste filme não encontram NADA !

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[“Midnight Sun“] conta a história de uma adolescente que sofre de uma doença que não lhe permite apanhar a mais pequena réstea de sol e como tal toda a sua existência é feita de noite. Da sua janela consegue ver uma paragem de autocarro onde durante meses observa um rapaz desconhecido e inevitávelmente se apaixona por ele.
A miúda tem no entanto um sonho de ser compositora/cantora e de noite costuma ir para o meio de uma praça onde toca as suas canções para o vazio.

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Uma noite encontra o rapaz e declara-se a este que apesar de ficar muito surpreendido fica no entanto muito curioso sobre a rapariga. Inevitavelmente as coisas avançam para um namoro essencialmente nocturno até ao momento que os acontecimentos evoluem até ao habitual final á cinema romântico oriental do qual eu não vou agora revelar mais nada mas que certamente todos vocês já sabem qual é.
Acabou a história.
Não tem mais nada. Não esperem o habitual cliché dos filmes adolescentes ao estilo americano. Não irão encontrar aqui nem um vestígio de qualquer lugar comum que estão habituados a ver nas sopeiradas telenovelísticas que passam por cinema romântico com adolescentes nos EUA e arredores.

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Até mesmo naquilo que poderia ter desgraçado logo o filme se este fosse um produto americano, [“Midnight Sun“] mantêm a sua identidade e qualidade. Falo claro, da parte musical da história, do desejo da rapariga de um dia poder vir a ser cantora e gravar um disco com as suas composições.
Num filme para adolescentes americanos, isto levaria imediatamente ao habitual drama sobre a rapariguinha que queria ser famosa mas depois seria enganada por um produtor qualquer que lhe quereria saltar para a cueca , etc, etc, etc.

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Não em [“Midnight Sun“]. Neste filme oriental não se passa nada disso. Toda a parte do argumento que foca o sonho da adolescente tem por base um tratamento emocional absolutamente discreto conseguindo transmitir ao espectador não uma imagem de um personagem que está a tentar ser famosa mas sim as emoções de uma rapariga que poderia ser nossa amiga e que a meio do filme já desejamos que ela tenha realmente sucesso sem que o realizador nos tenha conduzido “emocionalmente” pela mão. Em [“Midnight Sun“] ninguém nos “explica” como nos devemos sentir em relação aos personagens. A partir de certa altura damos apenas por nós a desejarmos poder também ser amigos daquelas pessoas e está aqui a grande magia deste pequeno filme japonês.

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Tem também outra característica muito curiosa.
Para um ocidental, habituado ao estilo video-clip americano deste género de filmes de amor com adolescentes, um filme sobre música que não tem qualquer tique de videoclip MTV quase que não faz sentido.
Neste aspecto, [“Midnight Sun“] é quase a antítese do cinema para adolescentes imbecis, pois acima de tudo apresenta-nos uma história com adolescentes, também para adolescentes, mas não aponta apenas para essa audiência.
Ou seja, desde os personagens que têm uma caracterização profundamente humana até ao espectador que é tratado como um adulto seja qual for a idade de quem estiver a ver este filme, tudo aqui funciona para essencialmente contar a história da forma mais simples e sem artíficios possível.

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Como resultado disto, quando eu penso que este filme japonês foi um grande sucesso no oriente inclusivamente junto do público adolescente quase que nem consigo acreditar numa coisa destas.
É que vocês sabem, se por exemplo um filme destes aparecesse em Portugal, podem ter a certeza que 99% do pessoal que  esgota as sessões dos “Transformers2” e do “17 Again”  iria logo dizer que [“Midnight Sun“] era uma seca do “#$%&. Podem apostar.
Da mesma forma que nenhum puto (ou espectador de cinema de shopping-center) alguma vez irá acreditar que um filme como “In The Mood For Love” foi um sucesso comercial especialmente junto do público adolescente oriental, também aqui no caso deste pequeno grande filme romântico jamais o classificariam de outra coisa que não de filme de autor para intelectuais.

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[“Midnight Sun“] não é de forma nenhuma um filme asiático para adolescentes americanizados, é um filme musical cheio de alma que é a perfeita antítese de um “High School Musical” e o antídoto perfeito para quem já não acredita que se podem fazer filmes com adolescentes, sobre adolescentes e com música pop sem tudo descambar numa piroseira para criancinhas de hormonas aos saltos.
Não tem uma montagem estilo MTV, e na verdade ao longo das suas mais de duas horas até pode parecer por vezes um filme lento. Muito lento.
Lento mesmo.
É um daqueles filmes que não tem pressa de ir a lado nenhum, pois a sua magia nem sequer está na história por demais previsível, mas sim na humanidade dos personagens. É um daqueles filmes orientais  em que ficamos mesmo a gostar daquelas pessoas pois fazem-nos esquecer por completo que são actores a representar um papel.

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Neste aspecto nota alta para os personagens dos pais da rapariga. Ao contrário do que seria habitual num “drama” ocidental, estes não têm qualquer oposição ao facto da filha começar a gostar de um rapaz, mesmo quando ela tem aquele tipo de doença. Não esperem encontrar em [“Midnight Sun“] os habituais dramas de pacotilha ao estilo: – “afasta-te da minha filha”.
Aliás não esperem encontrar nada neste filme japonês que esperam encontrar se o tentarem ver por um prisma de comparação com o cinema para adolescentes americanos.
Os personagens dos pais da rapariga são verdadeiramente únicos dentro deste estilo de histórias e a maneira como estes são usados para ainda tornar mais emocional todo o drama é absolutamnte notável, pois o próprio facto daquelas pessoas nunca entrarem nas histerias telenovelisticas a que estamos habituados torna-os absolutamente humanos nas cenas em que precisam de nos transmitir as suas emoções. Tudo num trabalho cinco estrelas dos próprios actores que á força de parecerem ter personagens que não servem para muito, acabam por potenciar tudo aquilo que o espectador depois irá sentir no final perante o desenlace da história de amor dos dois adolescentes principais da história.

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Eu sei que o texto já vai longo, mas não posso terminar sem referir aquilo que é verdadeiramente um personagem á parte dentro do filme; as próprias imagens e ambientes presentes em cada fotograma. Não porque nos mostram paisagens fabulosas, mas porque conseguem criar um ambiente intimista que ao mesmo tempo romantiza ainda mais a história e cria um pequeno mundo á parte dentro do mundo fechado em que a protagonista do filme é obrigada a viver.
Vão adorar a discreta fotografia deste filme oriental e ainda vão descobrir um par de imagens inesquecíveis, nomeadamente a que envolve gira-sois e mais não digo, pois tal como no também japonês e fabuloso “Be With You” também em [“Midnight Sun“] esta flor tem um significado muito importante e que dota toda a história de uma poesia extra que se calhar nem seria necessária mas que uma vez no ecran vos vai fazer recordar este filme asiático por muito mais tempo.

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CLASSIFICAÇÃO:

Mais uma história de amor oriental fantástica pela sua simplicidade.
Não há muito mais a dizer sobre este filme asiático e só não lhe dou melhor nota porque a sua história base não foge muito ao habitual lugar comum deste género de histórias dentro do cinema oriental.
É no entanto um filme indispensável para quem gostar de boas histórias de amor e quiser ver mais uma que certamente não irá esquecer e onde a poesia da mesma compensa todas as suas pequenas falhas que nem sequer são muitas.
Quatro tigelas de noodles.

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A favor: é assim que se faz um filme musical com adolescentes, mais uma vez o humanismo da caracterização dos personagens, o excelente trabalho dos actores que se apagam dentro das pessoas que incorporam nesta história, os pequenos pormenores românticos que percorrem todo o filme, a simplicidade das sequências musicais que nos fazem esquecer por completo que este até é um filme com música e adolescentes, a banda sonora, a simplicidade da história e do seu desenvolvimento, é o filme perfeito para quem já não podem mais com fitas de adolescentes americanos, o trabalho do realizador é discretamente notável, a maneira como os ambientes se tornam num personagem á parte, é um filme sem pressa com uma atmosfera contemplativa intensamente triste e poética ao mesmo tempo a fazer lembrar o melhor de “Il Mare“, é um filme com adolescentes para adolescentes sem insultar a inteligencia do espectador, irá agradar a todas as idades, os girassois no final.
Contra: a história base poderia ter sido mais inovadora, poderá ser um filme demasiado contemplativo para quem estiver habituado a uma montagem mais estilo “Michael Bay”.

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NOTAS ADICIONAIS

Trailer
http://www.youtube.com/watch?v=gqpKakxKKr4

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Comprar
O filme está absolutamente barato na Play-Asia numa edição com um DTS excelente por isso pessoal é aproveitar porque este é um daqueles filmes que merece ser ouvido com um som em condições e visto numa cópia a sério.
http://www.play-asia.com/paOS-13-71-7j-77-1-49-en-15-midnight+sun-70-1zf9.html

Podem sacar o filme para espreitarem no excelente AsianSpace blog, mas atenção que a cópia lá disponibilizada é mesmo muito, muito fraca e inclusivamente está ripada no formato errado. Só o conseguirão ver em 16:9 se configurarem o vosso dvd para 4:3 e simularem as barras em cima e em baixo.
Se viverem em Portugal também não irão gostar nada da legendagem em Pt do Brasil pois está tudo num calão demasiado “galera” e isso aos olhos de muitos de nós aqui do outro lado do oceano pode tornar-se extremamente enervante pois quase dá cabo da intensidade dramática da história pelo “colorido tropical” das legendas que se torna quase insuportável.

IMDB
http://www.imdb.com/title/tt0844347/

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Outros títulos românticos recomendados:

Be With You My Sassy Girl Il Mare The Classic Fly me to Polaris

Love Phobia concerto_capinha_73x cyborg_she_capinha_73x

ditto_capinha_73x my_girl_and_i_minicapinha

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