O Blog

Sobre o Blog

Agora que passam seis anos desde que iniciei este pequeno diário pessoal sobre os filmes de que gosto se calhar é bom deixar aqui algumas palavras sobre o mesmo, porque se tudo correr bem ainda não será desta que irá acabar.
Obrigado a todos pelo incentivo e pelas conversas no Msn.

Antes de mais isto é apenas um blog pessoal, um registro dos filmes que gosto e a minha razão porque gosto deles.
Se serve para aconselhar alguma coisa a alguém porreiro, mas também não tenho qualquer intenção de impingir o que quer que seja a quem não se identificar com o que recomendo e muito menos de ter a pretenção a crítico de cinema.
Também não discuto sequer o facto de muitas das coisas de que tenho falado serem na sua essência produtos semelhantes ao que se faz na américa (ou noutro lado qualquer), pois inevitávelmente isso será algo que virá á discussão mais cedo ou mais tarde e convém deixar logo o meu ponto de vista nesse aspecto.
Sei que o facto de fazer muitas comparações depreciativas com o que chega actualmente ás salas poderá criar a ideia de que o Cinema ao Sol Nascente será um blog anti cinema americano ou algo assim. Não é.

Penso que a minha abordagem ao tema me poderá causar alguns dissabores, mas a verdade é que a razão porque eu pareço insistir sempre na mesma tecla sobre comparações entre cinema americano e oriental a quem me lê, é porque se o visitante ler de seguida bastantes dois textos em que acontece eu referir esse pormenor para justificar porque gosto do filme, a coisa possa parecer um qualquer ataque persistente ou alguma fixação marada.
Não é.
A razão disto ser assim, é porque trato cada texto como um todo sem ligação com o que escrevi para trás, porque sei que muita gente aqui chega entrando directamente por um titulo específico e não tem por hábito ir filme a filme lendo o que escrevo.
Como tal se um dos pormenores que me fascina é precisamente essa tal diferença com que eu pessoalmente me identifico num filme oriental, normalmente volto a referi-la noutro post a seguir pois considero-a um pormenor importante para a forma como gosto de divulgar o que vejo.
Sendo assim peço apenas que não me interpretem como tendo uma obsessão qualquer quando eu apenas tento salientar um aspecto que me é importante, mesmo quando o repito em textos sucessivos que na realidade são escritos para serem acedidos individualmente muitas das vezes por pessoas que apenas lêem aquele e mais nada.

Penso que actualmente na estrutura de muitos filmes orientais nem se nota grande diferença entre as duas cinematografias, no entanto a minha página não será tão simplesmente um blog sobre cinema pipoca oriental porque não vejo os filmes comerciais orientais da mesma forma que sinto os americanos e como tal será sempre delicado eu atribuir essa classificação ao que gosto de ver pois haverá tendência de ser interpretado pelo leitor da mesma forma que se classifica o que sai de Hollywood. Como tal  se criar a ideia de que me estarei por vezes a contradizer, fica aqui desde já o reparo.
De resto se definirmos “pipoca” como comercial ou cinema para as massas é claro que também aqui falaremos de cinema pipoca sem qualquer conotação negativa por causa disso mas também não deixarei de brincar com o conceito quando me apetecer.
Apenas não me interessa estar a explicar constantemente o que quero dizer de cada vez que uso o termo “cinema pipoca” tendo por base duas conotações que para mim são realmente pessoais e diferentes, mas que reconheço, cometo porventura o erro de as fazer passar como uma única muitas das vezes quando não resisto a comparar dois filmes.
Que fique claro que para mim, existe alguma diferença entre o cinema pipoca de hollywood e o oriental.
Não peço que ningém concorde comigo, é apenas como eu sinto o género e grande parte da filosofia deste blog parte deste meu pressuposto com o qual toda a gente é livre de discordar.

Isto dos gostos para mim será sempre subjectivo e nem me interessa entrar em discussões sobre a validade de qualquer filme existir ou não enquanto tal, porque sinceramente a mim só me interessa se uma obra tem algo com que me identifique.
É isso que tento transmitir nos meus textos para quem procurar alguma referência e conseguir usar o que digo para também encontrar algum filme de que goste.
Nunca disse que o que escrevo aqui é para ser sequer tido em conta, pois estou pura e simplesmente me borrifando para entrar em discussões cinéfilas que acabam sempre quase em estilo de discussão clubística envolvendo considerações pessoais completamente ilógicas e desprovidas de contexto.

O que procuro no cinema será sempre uma boa história, (seja onde for) e por acaso penso que o cinema oriental as conta bem melhor que muito do cinema fora do oriente que chega actualmente ás salas ou pelo menos as conta da forma com que eu me identifico mais.
Nem sequer  pretendo entrar na arrogância de achar que os realizadores colocaram lá uma característica específica assim (ou não) para agradar a espectadores que possam ter a mesma opinião que eu ou interpretem um filme da forma que eu possa interpretar.

Quando eu refiro que o que gosto em alguns filmes é o facto de alguma história  “fazer-me pensar” mais uma vez será aquilo que retiro de muitas das histórias e que raramente tenho encontrado no cinema genérico que chega ás poucas salas de provincia a que tenho acesso,  por isso com isto não estou a indicar que outra pessoa também deva retirar o mesmo conteúdo de uma obra apenas porque eu gosto de interpretá-la á minha com as minhas referências.
Haverá quem poderá achar uma verdadeira banalidade eu retirar uma característica como essa de muitos dos filmes “pipoca-orientais” de que eu gosto e recomendo neste blog, mas não pretendo impor o meu conceito a ninguém.
Aquilo com que eu me identifico não pretende de alguma forma ser interpretado como sendo um qualquer insulto herege afrontando o conceito de inteligência de outra pessoa só porque eu retiro de um filme algo que outro espectador não vê em lado nenhum. Se vocês gostarem do que escrevo e tiverem curiosidade, espreitem o filme e poderão ter a mesma opinião que eu no final. Ou talvez não.

Pouco me importa a origem ou o estilo de um filme.
Isto é um blog sobre os filmes orientais de que eu gosto, sobre alguns que não gostei e porque razão tenho essa opinião pessoal sobre os mesmos. Nada mais.
No entanto é sempre difícil evitar criar no leitor aquela ideia de que para mim tudo o que é oriental será diferente e como tal superior, mas eu sei que muitas vezes devido já ao elevado numero de filmes que aqui tenho , isso possa ser interpretado dessa forma por quem está de fora.
A verdade é que também há muita coisa que tenho visto que acho tão banal ou mau como qualquer outro filme de qualquer cinematografia exterior á oriental que eu tenha comentado.
E desses realmente nem sequer falei aqui.
Filmes maus e bons há em todo o lado e seria perfeitamente imbecil da minha parte andar para aqui a dizer que o cinema oriental é superior ao que quer que seja apenas porque não é feito no ocidente.
No entanto regra geral, como eu apenas comento aqueles filmes de que realmente gostei, o blog pode passar realmente essa ideia porque muitas das vezes eu gosto mesmo de um filme porque na minha opinião ele tem realmente algo que EU não encontro normalmente no resto do cinema que vejo.
É que eu não vejo apenas cinema oriental…se calhar não parece mas é verdade. Nem sequer é o tipo de cinema que mais costumo ver para surpresa de muita gente.

Apenas é o tipo de filmes sobre o qual me apeteceu ter um blog principalmente porque me fartava de aconselhar coisas que ia descobrindo a muitos amigos meus (que depois ficaram fãs do género também) e não era nada práctico andar a repetir o mesmo paleio de cada vez que encontrava alguém e gostava mesmo que essa pessoa também visse o filme para falarmos sobre ele mais tarde.
É esse o único propósito deste blog. Primeiramente servir de canal para ir divulgando aos meus amigos aquilo que tenho encontrado e depois para se possível ter o mesmo efeito noutras pessoas que de outra forma ainda continuariam a pensar que só existem filmes de Kung-Fu no outro lado do mundo.

Ainda considerei no início fechar o blog á possibilidade de comentários pois na verdade não me interessa particularmente transformar a página num forum de discussão, mas depois também fiquei curioso para saber o que as pessoas pensam sobre os filmes que recomendo.
Num universo ideal, eu gostava de acreditar que o pessoal que se interessa por estes filmes são pessoas para discutir um titulo pelo que ele é e sabem apresentar os seus argumentos comentando apenas aquilo que concordam ou discordam no meu texto sobre ele, mas também tenho consciência de que como já aconteceu o facto de ter os comentários diponíveis também me pode tornar alvo de considerações de ordem pessoal por parte de alguma pessoa que não goste da minha opinião sobre qualquer filme.
Nem percebo de onde esse tipo de atitude pode sair ou que tipo de opinião gravíssima possa gerar atitudes de desprezo nestas situações.
Os meus textos sobre o “Hymalaia Where Wind Dwells”  ou sobre o “Xmas in August” são um bom exemplo do tipo de opinião pessoal que deram origem a uma discussão assim quando tal não deveria acontecer.
O primeiro é apenas um exemplo da forma como muitas vezes sinto um filme que me apanha de surpresa e o facto de eu o ter descrito como “estúpido” e ter escrito um texto corrossivo foi apenas a minha maneira de brincar com a coisa, inverter a seriedade do próprio espírito filosófico do filme e tentar passar para palavras a forma desconcertante com que senti a obra em questão.
E aposto que o facto de eu “arrasar” o filme durante o texto todo para depois mostrar que afinal até gostei dele e tê-lo feito de uma forma ligeira levou muito mais gente a procurar vê-lo do que se eu o tivesse imediatamente apresentado como obra serissíma dentro de um estilo mais de autor digno de reverência.
E é precisamente esse o efeito que eu queria atingir pois interessa-me acima de tudo divulgar cinema. Principalmente junto de pessoas que nunca olharam para este estilo de filmes, ou têm ainda medo do chamado cinema-de-autor ou de abordagens menos comerciais.
Quem me conhecer pessoalmente antes de tentar emitir qualquer juízo prévio sobre os meus conhecimentos, capacidades ou direito de escrever sobre a forma como gosto de ver filmes no meu blog poderá  perceber que vejo a vida de uma forma algo desafiante, com bastante humor negro e sou incrivelmente politicamente incorrecto.

Vocês nem sabem como me tenho contido para não escrever textos neste blog da forma como me daria realmente grande divertimento.
Apenas não o faço porque sempre soube que se eu libertasse a minha vertente mais ligeira e entrasse por um tom humoristico a comentar sobre cinema mais tarde ou mais cedo receberia um comentário depreciativo na linha do que já me calhou na rifa apenas porque brinquei com uma certa intelectualidade “cinéfila” que me deixa desconcertado pela arrogância subjectiva.
Como se um tipo não pudesse comentar um filme supostamente mais sério de uma forma ligeira e mais humoristica (independente do conceito de humor de quem o lê) só porque alguém algures já sabe o que o filme significa e de que forma é que a obra deverá ser devidamente divulgada. Eu não tenho essa pretenção e espero que seja essa a imagem que o Cinema ao Sol Nascente passe para o público que pouco se importa com o que eu escrevo ou deixo de escrever mas gosta de cá vir para ver se descobre algo no cinema oriental com o qual também se poderá identificar mais tarde.

Não foi a primeira vez que escrevi algo daquela forma mais radical nem será a última, pois não sou Crítico, nem me interessa sequer discutir qualquer filme por esse prisma e nem me interessa seguir qualquer suposta regra que deva existir para se criticar cinema “como deve de ser”.
E muito menos quero impôr a minha opinião perante um filme junto das pessoas sobre ameaça subliminar de que se estas não tiverem a mesma maneira de o ver que eu tenho será apenas porque certamente serão burras. Ou na versão politicamente correcta…não terão cultura cinéfila suficiente para compreenderem a obra.
Inevitávelmente isso gera sempre comentários depreciativos de alguém que não concorda connosco e se eu quisesse entrar por discussões dessas tinha aberto um forum e não um blog.
Posso até usar a estrutura de um review, com o “a favor” e “contra” mas apenas porque é uma boa forma de alinhar graficamente a pagina e ajuda-me a resumir a recomendação. De resto tento sempre que os meus textos falem do filme e não propriamente -sobre- o filme de uma forma mais séria.
Se calhar falho nesse aspecto mas é tarde para mudar a fórmula.

De um forma geral é óbvio que o blog está sujeito a que apareçam pessoas com opiniões contrárias ás minhas, aliás, quanto mais melhor. Por mim podem discordar com todas as classificações que eu atribuo pois era sinal de haveria mais pessoal a espreitar este género de filmes e quanto mais divulgação houver melhor. Nisso penso que estamos todos de acordo.
No entanto espero também que essas opiniões contrárias foquem realmente o conteúdo dos filmes e a interpretação pessoal sobre os mesmo de cada pessoa.
Contradigam-me á vontade, mas falem sobre o filme, não tirem análises ou conjecturas sobre a intenção por detrás da minha pessoa ou sobre a minha tendência para a banalidade apenas porque estamos em desacordo.

Se não gostarem da forma como escrevo há bastantes blogs sobre cinema oriental em português com pessoal que de certeza escreve melhor que eu ou aborda as obras de uma forma mais cinéfila. Cada um escolhe ler o que quer e confia no tipo de recomendação que mais lhe agradar.

Este espaço apenas serve para registar aquilo de que tenho gostado dentro do cinema oriental e mais nada.
É porreiro se as minhas opiniões servirem para aguçar a curiosidade de outras pessoas e já me dou por feliz.
Não tenho qualquer outra pretenção ao que quer que seja.
Eu também não leio blogs com que não me identifico e muito menos tenho qualquer atitude mais intrusiva apenas para espelhar qualquer descontentamento com temas que normalmente não me interessam como tal espero sempre que os outros tenham a mesma consideração.

E já agora quando eu refiro “filmes mais sérios”, estou a tentar fazê-lo sempre da perspectiva de um público mais genérico. Noventa por cento das pessoas que eu conheço, público habitual das salas normais que raramente vê o que não está disponivel imediatamente, costuma precisamente falar-me desses filmes “mais sérios” usando essa expressão para distinguir o cinema mais comercial de algo “mais sério” mais próximo de uma obra de autor.
Uso a expressão “filmes mais sérios” apenas para facilitar principalmente aos meus amigos a escolha dos filmes que recomendo, porque é verdade, eu também tenho amigos que infelizmente mal ouvem a expressão “cinema-de-autor” fogem a sete pés. Para evitar isso costumo amenizar uma recomendação apelidando-a de “filme mais sério”.

Este não é um blog para cinéfilos e digo isto sem qualquer conotação negativa.
Cinema ao Sol Nascente é apenas o meu espaço para falar de filmes.
Não tenho qualquer pretenção a analisá-los sobre outro prisma e toda a gente já deve ter reparado que evito entrar por abordagens mais sérias e técnicas pois na verdade nem me interessam e muito menos pretendo usar este blog para divulgar a minha  cultura cinéfila (o que quer que isso seja). É apenas um local para amigos sejam eles quem forem.
Não é um sitio para discutir Tarkovsky, (que curiosamente adoro mas isto sou eu agora armar-me em intelectual), mas muito menos é um site para adorar Kurosawa como um Deus e se calhar seria um local apropriado.
Não me interessa discutir o brilhantismo de quem quer que seja, apenas quero continuar a divulgar aquele cinema oriental que eu acho que muitas outras pessoas também poderão gostar e já fico feliz se o conseguir fazer sem ter que responder a comentários que me analisam , ou analisam as minhas intenções sem sequer me conhecerem pessoalmente.

Quando o Cinema Ao Sol Nascente começou, na verdade não esperava mais do que escrever por aqui um texto de vez em quando pois acreditava que se conseguisse umas dez visitas por dia seria um milagre. No entanto sabe-se lá como de repente deparei-me com um uma quantidade de pessoas interessadas que continuavam a insistir em cá vir ver o que eu tinha escrito e isso entusiasmou-me para continuar.
Especialmente quando aconselho filmes com histórias românticas as visitas quadriplicam e portanto podem contar com muito mais do género á medida que eu os vá encontrando.
Muita gente não deixa comentários, mas fala comigo pelo MSN ou por email e isso tem sido bastante interessante pois tem dado para perceber que em principio terei muitos amigos que nunca conheci que se identificaram com o que recomendei.

Fica aqui o meu agradecimento ao pessoal que tem feito com que este blog ainda exista pois se não fossem as centenas de visitas diárias se calhar eu não teria tanto entusiasmo por continuar. Não será um número genial, mas para mim está bom.
Está prometido para breve também vários filmes com histórias de amor adolescentes que aqui o tarado descobriu nos ultimos tempos e também muito cinema-de-ver-as-plantas-a-crescer para o Cinéfilo que há em todos nós. 🙂

Acima de tudo o que importa é a divulgação deste género de cinema que como tenho tido oportunidade de observar pelos contactos que tenho recebido, tem sido uma lufada de ar fresco para muita gente. E também é bom saber pelas vossas mensagens de apoio que felizmente nem todos partilham da ideia de que eu ando para aqui a insultar todos os outros tipos de cinema. Se calhar isto até nem está a correr tão mal assim.
Poderemos andar todos “deslumbrados” com este tipo de cinema talvez e ainda bem, o que importa é que continuem a haver filmes com que nos possamos identificar independentemente da opinião de cada um sobre os mesmos.

Luis
22-01-2010…
2010…não era suposto isto já estar cheio de naves espaciais e bases lunares por todo o lado ?… 😉